Uma coisinha só que li na entrevista do Fernando Meireles à folha sobre seu filme baseado no ensaio:
Folha: Qual o protagonista do seu filme?
Fernando: A cegueira é o protagonista, mas não a cegueira física, e sim a cegueira ideológica. Há uma frase no livro que diz: “Não acho que ficamos cegos, acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem.”
Diariamente, os limites do que chamamos civilização são rompidos, mas parece que não enxergamos isso. A barbárie está instalada e não vemos. Talvez por estar fazendo esse filme cada vez vejo gente meio cega ao meu redor, do padre Adelir que se lançou no ar com mil balões por não enxergar as reais condições que tinha ao redor, às multidões de pessoas que se orgulham de não mudar a sua visão de mundo.
Esta autocegueira parece ser mais a regra do que a exceção. Há uma boa frase sobre isso no filme, já não sei se está no livro: “Liberdade para os cegos não é um espaço aberto, é um espaço onde os dedos possam tocar as paredes, é confinamento, que significa proteção.”
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3 comentários:
mto legal tocar nesse assunto, do pq dessa cegueira, completando isso que vc disse, tb chego a pensar, no homem que esta cego, rompendo barreiras para se tonar um "deus", se esquecendo das consequencias que aquela atitude pode levar, se esquecendo de problemas que aquilo pode trazer, essa cegueira inconsequente, que faz do homem cada vez mais egoista, ficando ali no seu pedestal de egocentrismo, se preocupando só com o dele, cegando o seu olhar para toda a sua volta...quando li o livro pela segunda vez, e vc perguntou o pq dessa cegueira branca, era uma coisa que eu n tinha pensando depois q li o livro, pensei superficialmente, depois que li de novo, isso vem martelando na minha cabeça...Bom é isso!!!
bj
Douglas Chaves
adorei o blog e a reportagem. bjus
Amei essa reportagem, muito interessante e nos deixa realmente refletindo sobre o assunto. O ser humano é "cego", e gosta de ser assim, gosta de fingir que nada está acontecendo, q não é com ele. Concordo plenamente com a opinião do Douglas, principalmente no que se trata do egoísmo e do egocentrismo. Bem... é isso!
Bjinhu.
Wal B.
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